SONAR NA IMPRENSA - 06/12/2014

Adesão a um plano de previdência privada é uma boa opção para garantir a aposentadoria.

 

Diretora da Sonar, Alice Pedrosa recomenda começar a poupar cedo para garantir renda complementar no futuro.

 

Fazer poupança para a aposentadoria é um hábito que o brasileiro aos poucos começa a incluir no orçamento doméstico, e o décimo terceiro salário é uma boa opção para começar o planejamento de longo prazo. Ao contrário do que muitos poupadores pensam, aportes a um plano de previdência privada, por exemplo, podem ser feitos mensalmente, mas também com um único depósito ao ano. Valores mais altos podem beneficiar o investidor, reduzindo o custo com as taxas de administração. Em 2014, o décimo terceiro salário está injetando na economia R$ 158 bilhões, sendo R$ 14,2 bi em Minas, uma oportunidade para começar a poupança. 

Segundo especialistas, os investidores não devem se intimidar com valores que podem ser modestos, como parcelas de R$ 100 ao mês. Alice Pedrosa, diretora de relacionamento da Sonar Investimentos reforça que quanto mais cedo começar a poupar melhor para quem pensa em transformar o montante em renda complementar no futuro. A especialista explica que quanto menor o recurso investido maior serão as taxas cobradas para administração dos valores. Hoje, as chamadas taxas de carregamento variam entre 1% e 5% sobre o montante. Assim, pode ser mais vantajoso para o investidor aproveitar recursos como o décimo terceiro para começar sua poupança com um aporte maior, pagando taxas menores.

Em média o décimo terceiro do brasileiro é de R$ 1.774. Se um trabalhador de 40 anos decide investir todo o seu benefício em um plano VGBL com tributação regressiva, o que significa que após 10 anos será tributado com alíquota de 10%, terá acumulado R$ 50,6 mil quando completar 60 anos e R$ 95,3 mil ao completar 70 anos, considerando uma taxa básica de juros anual de 4%.

 

Nas mesmas condições, se o valor investido for de R$ 5 mil ao ano, ao fim de 20 anos a poupança será de R$ 148,8 mil e depois de 30 anos de R$ 280,4 mil. “O investidor pode negociar com sua seguradora como vai usar o dinheiro. Pode sacar de uma só vez ou reverter, por exemplo, em uma renda vitalícia. É importante dizer que o investidor também está livre para fazer a portabilidade de seus recursos para qualquer seguradora do mercado”, aponta Alice Pedrosa.

As contribuições dos brasileiros para planos de previdência privada VGBL e PGBL são direcionadas a tipos diferentes de declaração do Imposto de Renda (declaração simples ou completa). Os investimentos nos dois modelos veem crescendo. A carteira do VGBL alcançou R$ 278,7 bilhões em setembro, alta de 21,4% frente ao ano passado. Já a carteira do PGBL registrou R$ 87 bilhões no mesmo período alta de 11,9%, em relação a 2013, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

Especificidades  Helder Lara Barbosa, presidente do Clube de Seguros de Minas Gerais, alerta que a previdência privada é um tema que tem uma legislação específica e detalhes técnicos. “O primeiro passo para o investidor é escolher uma seguradora sólida e procurar um corretor de seguros especializado no tema que irá acompanhar o seu investimento e ainda definir o seu perfil”, defende. Segundo Barbosa, o valor que deve ser poupado ao mês ou ao ano vai depender do perfil socio-econômico das famílias e de suas expectativas de renda complementar à aposentadoria da Previdência Social.

 “Os gastos com educação dos filhos reduzem com o tempo, mas as despesas com plano de saúde crescem. Tudo isso é levado em conta”, alerta. Helder Barbosa explica ainda que a modalidade de investimento VGBL ou PGBL é avaliada pelo corretor de seguros também sobre as perspectivas de datas para os saques, já que as retiradas devem cumprir prazos para serem submetidas a alíquotas menores.

Fonte: Jornal Estado de Minas